ADAPTAÇÃO DA OBRA PARA ENSINO FUNDAMENTAL
Esta seguinte farsa é o seu argumento que um homem honrado e muito rico, já velho, tinha uma horta: e andando uma manhã por ela espairecendo, estando o seu Ajudante fora, veio uma moça bonita buscar verduras, e o velho em tanta maneira se enamorou dela. Entra logo o velho rezando pela horta. Foi representada ao rei D. Manuel, o primeiro desse nome. Era do Senhor de 1512, século XVI em Portugal.
CENÁRIO Uma horta feita com folhas de alface ou outras verduras.
Uma cadeira onde senta-se o velho para admirar a horta
Entra o velho vagarosamente, queixando-se de dores nas costas, mexendo com o público. Uma bengala. Vê a horta, ajoelha-se e diz:
Velho - Pai nosso, Criador, piedoso. Perdoai-nos porque somos fracos e caímos em tentação. Amém.
.Entram algumas mocinhas com um cesto, (UMA DE CADA VEZ) escolhem as hortaliças: dizem – Minha mãe pediu para vir buscar verduras.... (após escolherem) – Aqui está o dinheiro. Obrigada.
Após a entrada de umas três mocinhas, entra a Moça, personagem principal:
Diz o VELHO:
Senhora, benza-vos Deus!!!!
MOÇA – Amém!
VELHO - Onde se criou tal flor?
MOÇA - No chão.
VELHO - Nunca vi dama tão linda!!
MOÇA - Ai! Quanto elogio barato!!!
VELHO - Que veio buscar?Meu coração?
MOÇA - Venho atrás de verduras..
VELHO- O amor é uma flor....
MOÇA- Roxa que nasce no coração dos trouxas!!
VELHO - Meu amor, meu coração!
MOÇA - Jesus! Jesus! (para a platéia) Ele perdeu a razão.
VELHO - Estou apaixonado!!! (Começa a tossir)
MOÇA - E essa tosse? Não percebe que é velho!!!
Velho -: Mas a amo como se tivesse 20 anos!!!
MOÇA - Não percebe que já está quase morto? O senhor é louco!!!
Velho: Vem cá meu docinho...
Moça: As daqui seu ovo podre!!!!
VELHO - Quanto mais me xingar mais estarei apaixonado... Queria não ter conhecido moça tão bela!!!
MOÇA - O vosso ajudante não vem? Estou com pressa.
VELHO - Toda a minha horta é vossa.
Assim cantando, colheu a MOÇA da horta o que vinha buscar e, acabado, diz:
Eis aqui o que colhi; ( e oferece as moedas para pagar)
VELHO Não é preciso pagar... Pois leva meu coração!!!
MOÇA - Senhor, com sua licença!!!
VELHO - Leve esta rosa ( colhe no jardim)
MOÇA- Uma rosa? Para que? (joga no chão com raiva) e sai.
. Vem um Ajudante do VELHO, e diz:
Ajudante: Patrão, sua esposa quer saber por que está aqui. Já é tarde.
VELHO - Vai te catar!!!
AJUD.- Ela pede que vá almoçar. E pede que não demore.
VELHO - Não quero comer, nem beber.
PARVO Pois quê?
VELHO Vai-te daí.
VELHO - Oh minha amada... Como vou viver sem ver seus olhos...
O ajudante sai e volta:
AJUD. Sua esposa o espera... Ainda não almoçou esperando pelo Senhor...
Eu fui lhe dizer dessa rosa e está nervosa!!! (mostra a rosa que havia pegado do chão)
Vem a MULHER do VELHO e diz:
Hui! Que sina desastrada!(vê a rosa) Fernando, que é isto?
VELHO Oh velha rabugenta...chata.... feia e desdentada!!!
MULHER Infeliz dos meus dias!
VELHO Vai para o inferno!!!
Mulher: Explique-me esta rosa...
Velho Eu estou apaixonado.
Mulher... Veja sua idade... depois de velho quer se tornar garanhão??
Velho: Sai daqui sua velha ...
Mulher... Acho que vou, antes que eu apanhe.... (DIZ PARA A PLATEIA)
Entra Branca Gil, ALCOVITEIRA, e diz:
Boa tarde, senhor.
VELHO Olá! Veio em boa hora! Estou apaixonado e a moça só ri de mim.. ALCOVITEIRA Mas, senhor, agora na velhice. Diga-me: quem é ela? Já sei... É bonita como estrela.
VELHO Acuda-me Branca Gil, que desmaio.
Esmorece o VELHO e a ALCOVITEIRA começa a ladainha: (AJOELHADA)
Todos os santos. SÃO Judas, Santo Antonio, São José.... Deem remédio a este coitado.
Eu prometo uma oração, todo dia, em quatro meses se este velho casar-se com ela.
VELHO É mentira sua !!!
ALCOVITEIR Não, é verdade. Que assim seja!!.
VELHO Vai falar com ela, diga que estou apaixonado e lhe pagarei bem isto. Tem aqui 500 reais. Dê a ela como um agrado.
Vai-se a ALCOVITEIRA
O VELHO ( cantando música de amor ou disco tocando)
Volta a ALCOVITEIRA : Ela ainda não quer nada com o senhor.
VELHO - Eu lhe pagarei em dobro.
ALCOVITEIRA - Isso... mais importante ser feliz que ter dinheiro. (sai contando as moedas)
VELHO Eis aqui 600 reiais.
Enquanto a ALCOVITEIRA vai, VELHO torna a prosseguir o seu cantar .
Alcoviteira volta e diz: Está apaixonada e com saudade .Pede dinheiro para comprar uma roupa, sapato, brincos...
VELHO - Tomai.
Vai-se ela e o VELHO torna a prosseguir a sua música e, acabada, torna a ALCOVITEIRA e diz:
Dei uma topada. Trago os sapatos rasgados nestas vindas, destas idas, e no fim não ganho nada!!!
VELHO Eis aqui cem reais para ti.
ALCOVITEIRA - Começo com boa estréia!
Vem um policial acompanhado de quatro soldados, e diz:
Dona, levantai-vos daí!
ALCOVITEIRA Que quer?
ALCAIDE - Você vai para a cadeia!
VELHO - Senhores, homens de bem, escutem. Ela é minha amiga.
Alcov. Não tenho medo de vocês..(diz ela, irônica)
Policial - Levantai-vos daí, senhora!!
Levam-na presa e fica o VELHO dizendo:
Oh! Triste quem se namora de alguém!
Vem uma MOCINHA à horta e diz:
MOCINHA- Estais doente, ou que há? (Vendo o velho triste)
VELHO - Estou desconsolado.
MOCINHA Não chore! Pior destino tem aquela.
VELHO Quem ?
MOCINHA Branca Gil.
VELHO Como?
MOCINHA Mesmo apanhando da polícia ainda está feliz... ria quando viu uma moça indo para a igreja se casar.
VELHO É a minha.!!
(para-se a cena e entram desfilando os noivos e convidados, passeiam pelo palco indo como se fossem para a igreja) A mocinha diz, enquanto eles andam vagarosamente..
MOCINHA! - O Noivo, moço bonito, não tirava os olhos dela, e ela dele. Fazem um belo par.
VELHO - Perdi todo meu dinheiro. Agora só quero a morte. Tenho quatro filhas que criei e nada tenho para deixar para elas.. Elas hão de padecer, porque não lhe deixo nada. Gastei tudo. Tanta fortuna e tão mal gasta... e cai
Vêm as filhas (ou filhos) do velho e tentam acordá-lo
- Papai!!!
(mas um dos filhos percebe e diz) – Está morto.
Ficam inconsolados.
Fecha-se a cortina.
FIM
Personagens> velho, moça, mulher, ajudante, branca Gil, um policial e quatro soldados, a moça no fim da peça .Outros... mulheres que vão comprar verduras... umas quatro, filhos do velho, ao final da peça.
SOBRE A PEÇA ORIGINAL ESCRITA POR GIL VICENTE:
O Velho da Horta, de Gil Vicente
Análise da obra
Em O Velho da Horta, de 1512, Gil Vicente revela perfeito domínio do diálogo e grande poder de lidar com personagens e ações que se aproximam da comicidade. Utiliza pouco aparato cênico, colocando toda a ação em um mesmo cenário (a horta) e os acontecimentos que se realizam fora da horta são referidos como fatos que vêm de fora. Todos os episódios têm uma única direção: o desfecho, e isso garante a unidade da peça.
O Velho da Horta é uma peça de enredo, na qual se desenvolve uma ação contínua e encadeada, em torno de um episódio extraído da vida real, ou em torno de uma série de episódios envolvendo uma personagem central, ou articulando uma ação dramática homogênea e completamente desenvolvida, com um travejamento mais complexo, com começo, meio e fim.
Gil Vicente é um criador de tipos. A linguagem do Velho é um arremedo da poesia palaciana. A linguagem da Moça é zombeteira e se contrapõe à do velho. A obra é uma peça de teatro escrita em versos.
O argumento gira em torno das desventuras de um homem já entrado nos anos e seu frustrado amor por uma jovem que vem à sua horta comprar verduras. Por meio do diálogo entre o velho e a jovem, Gil Vicente capta a crueza de uma situação que oscila entre o ridículo e o ilusório. O Velho apaixonado deixa-se levar por um amor imprudente e obcecado; a Moça, motivo dos sonhos do Velho, é irônica, sarcástica e retribui as declarações de amor com zombarias.
A cena inicial é marcada pela tentativa de conquista e o diálogo se dá entre o lirismo enamorado do Velho e os ditos zombeteiros da Moça. Em seguida, entra em cena uma alcoviteira que oferece seus préstimos profissionais para garantir ao Velho a posse da amada. Mediante promessas de que o êxito está próximo, a mulher extorque toda a riqueza do Velho. Finalmente, entra em cena a Justiça que prende a alcoviteira, mas retira do Velho a esperança de ver realizado tão louco amor. No final, vem a notícia de que a jovem que motivou tão tresloucada paixão casou-se.
Estrutura da obra
Quatro versos em redondilhas maiores e um quinto verso com três sílabas métricas. Os conceitos formulados pelo Velho acerca da natureza do amor são do formulário lírico dos poetas quinhentistas (Petrarca). A interlocução do Velho apaixonado, contagiado pelo gosto das antíteses e pelo conceito do conflito entre a razão e o sentimento amoroso:
“que morrer é acabar
e amor não tem saída"
Temática
O tema central é o amor tardio, extemporâneo, as conseqüências desastrosas desse amor e o patético e ridículo do assédio de um velho, que se julga irresistível, a uma jovem esperta e prudente.
Personagens
Parvo – criado do Velho com pouca cultura,limitando-se a chamar-lhe às realidades primárias da vida (o comer) incapaz de compreender grandes dramas.
Alcoviteira – figura pitoresca da baixa sociedade peninsular astuciosa e mistificadora,cuja moral independe de todas as leis da sensibilidade.
Alcaide – antigo oficial de Justiça.
Beleguins – agentes de polícia.
Mocinha – personagem que vai até a horta comprar.
Mulher – espera do Velho.
Velho – idoso, proprietário de uma horta, apaixona-se subitamente por uma jovem compradora.
Moça – rapariga com certa experiência, já balzaquiana, com resposta ao pé da letra, confiante em si mesmo, disposta a zombar de um velho inofensivo,sem quebra da sua dignidade pessoal.
Observamos no enredo a seqüência magistral de estados de espírito com que a moça acata ou reage aos galanteios do velho.
Enredo
A ação se inicia quando a Moça vai à horta do Velho buscar hortaliças, e este se apaixona perdidamente por ela. No diálogo entre ambos estabelecem-se dois planos de linguagem: a linguagem galanteadora do Velho, estereotipada, repleta de lugares-comuns da poesia palaciana do Cancioneiro Geral, cujo artificialismo Gil Vicente parodia ironicamente, e a linguagem zombeteira e às vezes mordaz da Moça que não se deixa enganar pelas palavras encantadoras do pretendente e não se sente atraída nem por ele , nem por sua fortuna, nem por sua "lábia" cortesã. São duas visões opostas da realidade: a visão idealizadora do Velho apaixonado e a visão realista da Moça.
Uma alcoviteira, Branca Gil, promete ao Velho a posse da jovem amada e, com isso, vai extorquindo todo seu dinheiro. Na cena final, o Velho, desenganado, só, e reduzido à pobreza, pois gastara tudo o que tinha, deixando ao desamparo suas quatro filhas, reconhece o seu engano e se arrepende. A Alcoviteira é açoitada, e a Moça casa-se honestamente com um belo rapaz. A introdução ao texto da peça esclarece que a farsa foi encenada em 1512, na presença de D. Manuel I, rei de Portugal.
quarta-feira, 9 de junho de 2010
O COMPADRE DA MORTE (João Monteiro)
O COMPADRE DA MORTE
João Monteiro
Diz que era uma vez um homem que tinha tantos filhos que não achava mais quem fosse seu compadre. Nascendo mais um filhinho, saiu para procurar quem o apadrinhasse e depois de muito andar encontrou a Morte a quem convidou. A Morte aceitou e foi a madrinha da criança. Quando acabou o batizado voltaram para casa e a madrinha disse ao compadre:
- Compadre! Quero fazer um presente ao meu afilhado e penso que é melhor enriquecer o pai. Você vai ser médico de hoje em diante e nunca errará no que disser. Quando for visitar um doente me verá sempre. Se eu estiver na cabeceira do enfermo, receite até água pura que ele ficará bom. Se eu estiver nos pés, não faça nada porque é um caso perdido.
O homem assim fez. Botou aviso que era médico e ficou rico do dia para a noite porque não errava. Olhava o doente e ia logo dizendo:
- Este escapa!
Ou então:
- Tratem do caixão dele!
Quem ele tratava, ficava bom. O homem nadava em dinheiro.
Vai um dia adoeceu o filho do rei e este mandou buscar o médico, oferecendo uma riqueza pela vida do príncipe. O homem foi e viu a Morte sentada nos pés da cama. Como não queria perder a fama, resolveu enganar a comadre, e mandou que os criados virassem a cama, os pés passaram para a cabeceira e a cabeceira para os pés. A Morte, muito contrariada, foi-se embora, resmungando.
O médico estava em casa um dia quando apareceu sua comadre e o convidou para visitá-la.
- Eu vou, disse o médico - se você jurar que voltarei!
- Prometo! - disse a Morte.
Levou o homem num relâmpago até sua casa.
Tratou muito bem e mostrou a casa toda. O médico viu um salão cheio-cheio de velas acessas, de todos os tamanhos, uma já se apagando, outras viva, outras esmorecendo. Perguntou o que era:
É a vida do homem. Cada homem tem uma vela acessa. Quando a vela acaba, o homem morre.
O médico foi perguntando pela vida dos amigos e conhecidos e vendo o estado das vidas. Até que lhe palpitou perguntar pela sua. A Morte mostrou um cotoquinho no fim.
- Virgem Maria! Essa é que é a minha? Então eu estou, morre-não-morre!
A Morte disse:
- Está com horas de vida e por isso eu trouxe você para aqui como amigo mas você me fez jurar que voltaria e eu vou levá-lo para você morrer em casa.
O médico quando deu acordo de si estava na sua cama rodeado pela família. Chamou a comadre e pediu:
- Comadre, me faça o último favor. Deixe eu rezar um Padre-Nosso. Não me leves antes. Jura?
- Juro -, prometeu a Morte.
O homem começou a rezar o Padre-Nosso que estás no céu... E calou-se. Vai a Morte e diz:
- Vamos, compadre, reze o resto da oração!
- Nem pense nisso, comadre! Você jurou que me dava tempo de rezar o Padre-Nosso mas eu não expliquei quanto tempo vai durar minha reza. Vai durar anos e anos...
A Morte foi-se embora, zangada pela sabedoria do compadre.
Anos e anos depois, o médico, velhinho e engelhado, ia passeando nas suas grandes propriedades quando reparou que os animais tinham furado a cerca e estragado o jardim, cheio de flores. O homem, bem contrariado disse:
- Só queria morrer para não ver uma miséria destas!...
Não fechou a boca e a Morte bateu em cima, carregando-o. A gente pode enganar a Morte duas vezes mas na terceira é enganado por ela.
(Informante: João Monteiro, Natal, Rio Grande do Norte. Em CASCUDO, Luís da Câmara. Contos tradicionais do Brasil. Belo Horizonte; São Paulo, Itatiaia, Editora da Universidade de São Paulo, 1986. Reconquista do Brasil, 2ª série, 96)
João Monteiro
Diz que era uma vez um homem que tinha tantos filhos que não achava mais quem fosse seu compadre. Nascendo mais um filhinho, saiu para procurar quem o apadrinhasse e depois de muito andar encontrou a Morte a quem convidou. A Morte aceitou e foi a madrinha da criança. Quando acabou o batizado voltaram para casa e a madrinha disse ao compadre:
- Compadre! Quero fazer um presente ao meu afilhado e penso que é melhor enriquecer o pai. Você vai ser médico de hoje em diante e nunca errará no que disser. Quando for visitar um doente me verá sempre. Se eu estiver na cabeceira do enfermo, receite até água pura que ele ficará bom. Se eu estiver nos pés, não faça nada porque é um caso perdido.
O homem assim fez. Botou aviso que era médico e ficou rico do dia para a noite porque não errava. Olhava o doente e ia logo dizendo:
- Este escapa!
Ou então:
- Tratem do caixão dele!
Quem ele tratava, ficava bom. O homem nadava em dinheiro.
Vai um dia adoeceu o filho do rei e este mandou buscar o médico, oferecendo uma riqueza pela vida do príncipe. O homem foi e viu a Morte sentada nos pés da cama. Como não queria perder a fama, resolveu enganar a comadre, e mandou que os criados virassem a cama, os pés passaram para a cabeceira e a cabeceira para os pés. A Morte, muito contrariada, foi-se embora, resmungando.
O médico estava em casa um dia quando apareceu sua comadre e o convidou para visitá-la.
- Eu vou, disse o médico - se você jurar que voltarei!
- Prometo! - disse a Morte.
Levou o homem num relâmpago até sua casa.
Tratou muito bem e mostrou a casa toda. O médico viu um salão cheio-cheio de velas acessas, de todos os tamanhos, uma já se apagando, outras viva, outras esmorecendo. Perguntou o que era:
É a vida do homem. Cada homem tem uma vela acessa. Quando a vela acaba, o homem morre.
O médico foi perguntando pela vida dos amigos e conhecidos e vendo o estado das vidas. Até que lhe palpitou perguntar pela sua. A Morte mostrou um cotoquinho no fim.
- Virgem Maria! Essa é que é a minha? Então eu estou, morre-não-morre!
A Morte disse:
- Está com horas de vida e por isso eu trouxe você para aqui como amigo mas você me fez jurar que voltaria e eu vou levá-lo para você morrer em casa.
O médico quando deu acordo de si estava na sua cama rodeado pela família. Chamou a comadre e pediu:
- Comadre, me faça o último favor. Deixe eu rezar um Padre-Nosso. Não me leves antes. Jura?
- Juro -, prometeu a Morte.
O homem começou a rezar o Padre-Nosso que estás no céu... E calou-se. Vai a Morte e diz:
- Vamos, compadre, reze o resto da oração!
- Nem pense nisso, comadre! Você jurou que me dava tempo de rezar o Padre-Nosso mas eu não expliquei quanto tempo vai durar minha reza. Vai durar anos e anos...
A Morte foi-se embora, zangada pela sabedoria do compadre.
Anos e anos depois, o médico, velhinho e engelhado, ia passeando nas suas grandes propriedades quando reparou que os animais tinham furado a cerca e estragado o jardim, cheio de flores. O homem, bem contrariado disse:
- Só queria morrer para não ver uma miséria destas!...
Não fechou a boca e a Morte bateu em cima, carregando-o. A gente pode enganar a Morte duas vezes mas na terceira é enganado por ela.
(Informante: João Monteiro, Natal, Rio Grande do Norte. Em CASCUDO, Luís da Câmara. Contos tradicionais do Brasil. Belo Horizonte; São Paulo, Itatiaia, Editora da Universidade de São Paulo, 1986. Reconquista do Brasil, 2ª série, 96)
AUTO DA BARCA DO INFERNO (Gil Vicente) - adaptação livre
AUTO DA BARCA DO INFERNO ( adaptação livre)
Peça original – autor Gil Vicente – século XVI
Personagens nesta peça adaptada: Nobre, Traficantes, Bobos, Policiais, aluno1, aluno 2, Torcedores, Madona, Punkeira, Peruas, Bella, Terrorista, Religiosas
Entrada: Anjo e ajudante
Diabo, ajudantes
O DIABO DIZ:-VENHAM, VENHAM PARA A BARCA, QUE TEMOS BOA MARÉ!
OLHA AO LONGE E PEDE AO AJUDANTE:
- VÁ BUSCAR AQUELES ALI. NAQUELE BANCO... OUTROS VIRÃO E PRECISARÃO SENTAR-SE LÁ.
Empurra o ajudante
1 - NOBRE
N- Para onde vai esta barca?
D- Poderoso senhor ACM!!!(Antonio Carlos Magalhães) O senhor por aqui?
N- Para onde vai esta barca?
D- Para o inferno!!!
N- Parece um cortiço!!!
D- Porque enxerga de fora!!
N- E encontra quem queira entrar aí?
D- Acho o senhor perfeito para entrar aqui.
N- Mas na outra vida deixo quem reze por mim...
D- Viveu só pensando em si mesmo... nunca ajudou ninguém .
N- Não há outra barca? (vê a barca do Paraíso e se dirige para lá)
N- Ô da barca... Esta barca vai para o Paraíso?
A- Sim.
N- Deixe-me entrar aí, sou um nobre. É bom que me deixe entrar! (ameaça)
A- Esta barca não leva quem despreza os pobres.
N- O inferno é o que me resta!!!
D- Entre... aqui nos entenderemos....!
2.PADRE
D- Busque aquele ali... que pensa que vai para o Paraíso....
P – Deus o abençoe...
D – Vai de retro, Satanás!.
p- Para onde vai esta barca?
D- Para onde você vai também...
P – Sou Padre.... vou naquela barca ali... ( e se dirige para lá)
A – Padre... infelizmente o Sr. Não poderá entrar aqui...
P – Mas esta vestimenta de padre me permite...
A – Lembra quando vinham mocinhas bonitas se confessar e o Sr as levava para o fundo da Igreja?
P – Só por isso!!!
A – A lei do celibato . padres não podem ter desejos sexuais, pior ainda por fiéis..
P – Deixe me entrar... estou arrependido.
A – Agora é tarde .... sua barca é aquela, vá!(e vai cabisbaixo)
D – Foi esta barca que fretou... entre.... seja mal-vindo!!!( e o Padre entra)
3. TRAFICANTE:
D - Vá, busque mais um...
T – Para onde vai esta barca?
D – Para o inferno...
T – Má idéia... não quero entrar aí...
D – Você estragou a vida de muitas pessoas, muitas famílias...
T – Era meu trabalho... precisava de dinheiro para sustentar minha família.
D – Ajudava a sua e estragava a dos outros. Entre.
T – Não! Há outra ali... fica na sua aí, meu irmão...
D – Daqui a pouco nos veremos novamente.(risos)
T – (dirigindo-se à barca do anjo)
Para onde vai esta barca?
A – Para o Paraíso.
T – Posso entrar?
A – E esta sacola cheia de dinheiro que você ganhou viciando as pessoas, estragando a vida delas?
T – Era o meu trabalho! As pessoas compravam porque queriam.
A- Nada disso. Você sabia o mal que estava fazendo... Aquela é sua barca...
T – E se eu lhe der todo esse dinheiro?
A – Vá com Satanás... aquela é sua barca.
T – Como sofro!!
D – Ande !!! Não podemos perder mais tempo.
T – (VÊ ACM) O senhor por aqui também!!! (irônico)
D – Vai e busca aqueles dois ali!
4 . APROXIMAM-SE OS DOIS BOBOS:
B 2- Para onde vai esta barca?
(O diabo pede a placa com a palavra INFERNO e coloca na sua cadeira)
D – Não sabem ler???
B 1 – Não... O que está escrito?
B 2 – Deixa eu ver.... começa com i... deve ser... igreja!!
D – Nem ler vocês sabem... Vão para o Inferno!! Entrem ... entrem!
B1 e 2 – Má idéia!!!
A – Hei! Rapazes!!! Venham aqui. (chama o Anjo)
B 1 – Para onde vai esta barca?
A– Para o Paraíso!
B2 - Podemos entrar?
A – De que vocês morreram?
B1 e 2 – De caganeira!!! (dizem em uníssono)
A – Quem são vocês?
B1 e 2 – Não somos ninguém!!!
A – Podem entrar... sua simplicidade permite.
5.POLICIAIS
D- Busquem aqueles !!! Andem!!! (diz ao Companheiro)
Policiais comentam um com o outro que estavam num tiroteio na Rocinha e não sabem o que aconteceu... um deles lembra que matou um traficante..
D – Este já entrou na minha barca. (explica o diabo)
P 1 – Para onde vai esta barca?
D – Será que você pelo menos sabe ler?
P1 – Para o Inferno!!! De jeito nenhum!
P2 – Há outra ali... vamos lá. (diz um ao outro)
P1 – Para onde vai esta barca?
A – Para o Paraíso.
P2 – Podemos entrar?
-A – Quem são vocês?
P 1 – Somos policiais .
A – E foram honestos?
P1 – Eu sim... sempre lutei pela justiça.
A – Mas você não... Aqui nós sabemos de tudo. Algumas propinas aqui...
Algumas balas perdidas ali... Sua barca é aquela.
P 2 – Fazer o quê!!
D – Venha... esta é sua barca... entre!
6 – ALUNO 1
D- Vá buscar mais um...
Al. – Para onde vai esta barca?
D – Para o Inferno!!!
Al. – De jeito nenhum... tem outra barca ali...
D- Venha, entre... esta é maior.... mais bonita!
Al. – Sai, Capeta!!! (dirige-se ao Anjo)
A – Quem é você?
Al – Sou um aluno.
A – E foi bom aluno?
Al. Sim.
A – Então entre, seja bem vindo!!!
7 - Aluno 2
- D – Vá buscar mais um!!
Al 2 – Para onde vai esta barca...
D – Mostra a placa. (irritado)
Al 2 – Má idéia... Há outra ali...
Não gostei muito desta... cheira mal...
D – Fique à vontade!!! (irônico)
Al2 – para o Anjo
Para onde vai esta barca?
A – Quem é você?
Al 2 – Uma aluna...
A – Mas soube que você colava nas provas... cabulava aula, xingava professores.
Al2 – Só alguns chatos...
A – De jeito nenhum você pode entrar aqui.
Vai aquela é sua barca...
Al2 – Fazer o quê...
D – Seja bem vinda!!! (diz o diabo)
8 . TORCEDORES
D – Vá buscar aqueles ali com camisa de time.
Torc 1 - Para onde vai esta barca?
D - Soletra a palavra I N F E R N O.
T2 – Comenta que houve uma briga entre as torcidas no campo e eles entraram no meio.
T1 – Acho que sobrou pra nós...
T2 Não quero ir para o inferno. Olha, tem um anjo ali. (dirigem-se para lá)
T1 Para onde vai esta barca? Podemos entrar?
A – Quem são vocês?
T 1 - Somos torcedores...
A – De jeito nenhum... vocês ficam se ofendendo e se matando por qualquer coisa.
Quantos torcedores já morreram por causa disso.
T2 – Mas é pelo nosso time.
A- Não... vão para aquela barca!
D – Entrem, entrem... Vão torcer pelo meu time agora... Fogo Eterno FC.. (e ri)
9– MADONA .
d- - Minha deusa!!! Madona!!!Vá lá buscar...
M - Para onde vai esta barca?
D – Primeiro, um autógrafo!!!
M – E então, para onde vai esta barca?
O diabo mostra no verso da placa escrita em inglês )
( hell)
M – De jeito nenhum...
D – Tente aquela ali!
M – (para o Anjo) Para onde vai esta barca?
A – Quem é você?
M- Sou a Madona! Sou uma artista famosa.
A – Sei quem você é, mas apesar de você ter adotado crianças em países pobres, sua irreverência contra a Igreja não deixa você entrar aqui.
M – MAS O Diabo me mandou para cá!
A – Espere um momento...
(conversam anjo e diabo) decidem mandá-la para a Terra. Ela é boa e má ao mesmo tempo. Receberá outra chance.
M – Obrigada... não se arrependerão...
(para o público)
Aliás nenhuma das duas barcas me interessava mesmo!
10 - PUNKEIRA
D – Busque aquela ali..
P - Para onde vai esta barca?
D (troca o lado da placa)
P – De jeito nenhum ! ( vai dançando para o anjo)
P -Para onde vai esta barca?
A – Quem é você?
P – Sou uma punkeira...
A – Aqui não. Você só pensa em dançar... não se preocupa com a família... e sua dança é muito maliciosa.
P – Não tem jeito então?
Fazer o quê! ( e vai dançando para a outra barca)
11 – PERUAS
D – Quantas tem ali? Vai lá buscar!!!
Peruas – (se pintando) Para onde vai esta barca?
D – Entrem, seus lugares estão reservados...
Peruas – Quem é você?
D – Adivinha!!!
peruas – Não queremos entrar aí...
D - Tente aquela ali...
Peruas ( para o anjo) Para onde vai esta barca?
A - Quem são vocês?
Peruas – Somos mulheres da alta sociedade...
A – Aqui não entra quem não se preocupa com os outros e só pensa em si mesmo. Sua barca é aquela ali.
Peruas... – Com aquele cara esquisito ali!!! Não gostei da maquiagem dele... muito esnobe!!
A – Assim como vocês... pode entrar
Peruas... – Fazer o quê!!! Não empurra, seu grosso!!!
12 – BELLA .
D – Busque aquelas lá.... minha barca já está quase cheia...
Bella - Para onde vai esta barca?
D – Uma vampira!!! ( protege-se com a capa)
Bella (vê a outra barca e vai)
B - Para onde vai esta barca?
A – Quem é você?
B – Sou uma vampira... fui seduzida por um vampiro...
A – Aqui não entrem vampiros... que se alimentam do sangue alheio.
B – Não devia ter me apaixonado... logo por um vampiro...
A – Vai, aquela é sua barca...
D – Entra ... rápido.... (protegendo-se com a capa)
13 – TERRORISTA (atuou contra o World Trade Center)
D – Vai, tem mais gente lá!!!
T – Para onde vai esta barca?
D – Entre, estou com pressa...
T – E para onde vai?
D – mostra a placa
T – Você é minha!!!
T – Mas morri pela religião...
D – E matou quantos mesmo?
T Quase 3.000!
D – Então... e ainda não quer entrar...
T Há outra ali... (dirige-se para lá)
A Quem é você?
T – Sou uma fanática religiosa... Lutei contra o imperialismo americano.
A – Mas matou muitos inocentes por causa disso.
Deus não quer que ninguém mate em nome dele. Sua barca é aquela.
T – Fazer o quê...
D – Entre, rápido!!!
13 –RELIGIOSAS e companheiras missionárias
d- Busque aquelas e limpe aquele banco de vez!!!
R - B - Para onde vai esta barca?
D – Quem são vocês?
R – Meu nome é irmã Dorothy. Estas são freiras que me ajudavam.
D- Tua barca é aquela....
R - B - Para onde vai esta barca?
A – Quem é você?
R – irmã Dorothy. Lutava contra injustiças na Amazônia. E minha arma sempre foi a Bíblia.
A – Vocês são bem vindas... Quem morre por Deus merece a paz Eterna! Entrem.
Final - Diabo... Não há mais ninguém ali.... vamos....
Espera.... há mais lugares aqui.... esperem!!( e busca 2 ou 3 da platéia!!!)
Vamos agora!!!
Anjo.... Espera....também quero levar alguns...
(e pega dois ou três da platéia... de preferência professores ou funcionários, se tiver)
D – Não é época de eleição naquele país corrupto chamado Brasil?
Então no ano que vem haverá novos corruptos para levar...Vamos... todos ... à barca.... para a barca.... .
Saem, primeiro o Anjo.
FIM. por Professora Arlete Marques de Oliveira - personagens criados a partir de sugestão dos alunos.
Peça original – autor Gil Vicente – século XVI
Personagens nesta peça adaptada: Nobre, Traficantes, Bobos, Policiais, aluno1, aluno 2, Torcedores, Madona, Punkeira, Peruas, Bella, Terrorista, Religiosas
Entrada: Anjo e ajudante
Diabo, ajudantes
O DIABO DIZ:-VENHAM, VENHAM PARA A BARCA, QUE TEMOS BOA MARÉ!
OLHA AO LONGE E PEDE AO AJUDANTE:
- VÁ BUSCAR AQUELES ALI. NAQUELE BANCO... OUTROS VIRÃO E PRECISARÃO SENTAR-SE LÁ.
Empurra o ajudante
1 - NOBRE
N- Para onde vai esta barca?
D- Poderoso senhor ACM!!!(Antonio Carlos Magalhães) O senhor por aqui?
N- Para onde vai esta barca?
D- Para o inferno!!!
N- Parece um cortiço!!!
D- Porque enxerga de fora!!
N- E encontra quem queira entrar aí?
D- Acho o senhor perfeito para entrar aqui.
N- Mas na outra vida deixo quem reze por mim...
D- Viveu só pensando em si mesmo... nunca ajudou ninguém .
N- Não há outra barca? (vê a barca do Paraíso e se dirige para lá)
N- Ô da barca... Esta barca vai para o Paraíso?
A- Sim.
N- Deixe-me entrar aí, sou um nobre. É bom que me deixe entrar! (ameaça)
A- Esta barca não leva quem despreza os pobres.
N- O inferno é o que me resta!!!
D- Entre... aqui nos entenderemos....!
2.PADRE
D- Busque aquele ali... que pensa que vai para o Paraíso....
P – Deus o abençoe...
D – Vai de retro, Satanás!.
p- Para onde vai esta barca?
D- Para onde você vai também...
P – Sou Padre.... vou naquela barca ali... ( e se dirige para lá)
A – Padre... infelizmente o Sr. Não poderá entrar aqui...
P – Mas esta vestimenta de padre me permite...
A – Lembra quando vinham mocinhas bonitas se confessar e o Sr as levava para o fundo da Igreja?
P – Só por isso!!!
A – A lei do celibato . padres não podem ter desejos sexuais, pior ainda por fiéis..
P – Deixe me entrar... estou arrependido.
A – Agora é tarde .... sua barca é aquela, vá!(e vai cabisbaixo)
D – Foi esta barca que fretou... entre.... seja mal-vindo!!!( e o Padre entra)
3. TRAFICANTE:
D - Vá, busque mais um...
T – Para onde vai esta barca?
D – Para o inferno...
T – Má idéia... não quero entrar aí...
D – Você estragou a vida de muitas pessoas, muitas famílias...
T – Era meu trabalho... precisava de dinheiro para sustentar minha família.
D – Ajudava a sua e estragava a dos outros. Entre.
T – Não! Há outra ali... fica na sua aí, meu irmão...
D – Daqui a pouco nos veremos novamente.(risos)
T – (dirigindo-se à barca do anjo)
Para onde vai esta barca?
A – Para o Paraíso.
T – Posso entrar?
A – E esta sacola cheia de dinheiro que você ganhou viciando as pessoas, estragando a vida delas?
T – Era o meu trabalho! As pessoas compravam porque queriam.
A- Nada disso. Você sabia o mal que estava fazendo... Aquela é sua barca...
T – E se eu lhe der todo esse dinheiro?
A – Vá com Satanás... aquela é sua barca.
T – Como sofro!!
D – Ande !!! Não podemos perder mais tempo.
T – (VÊ ACM) O senhor por aqui também!!! (irônico)
D – Vai e busca aqueles dois ali!
4 . APROXIMAM-SE OS DOIS BOBOS:
B 2- Para onde vai esta barca?
(O diabo pede a placa com a palavra INFERNO e coloca na sua cadeira)
D – Não sabem ler???
B 1 – Não... O que está escrito?
B 2 – Deixa eu ver.... começa com i... deve ser... igreja!!
D – Nem ler vocês sabem... Vão para o Inferno!! Entrem ... entrem!
B1 e 2 – Má idéia!!!
A – Hei! Rapazes!!! Venham aqui. (chama o Anjo)
B 1 – Para onde vai esta barca?
A– Para o Paraíso!
B2 - Podemos entrar?
A – De que vocês morreram?
B1 e 2 – De caganeira!!! (dizem em uníssono)
A – Quem são vocês?
B1 e 2 – Não somos ninguém!!!
A – Podem entrar... sua simplicidade permite.
5.POLICIAIS
D- Busquem aqueles !!! Andem!!! (diz ao Companheiro)
Policiais comentam um com o outro que estavam num tiroteio na Rocinha e não sabem o que aconteceu... um deles lembra que matou um traficante..
D – Este já entrou na minha barca. (explica o diabo)
P 1 – Para onde vai esta barca?
D – Será que você pelo menos sabe ler?
P1 – Para o Inferno!!! De jeito nenhum!
P2 – Há outra ali... vamos lá. (diz um ao outro)
P1 – Para onde vai esta barca?
A – Para o Paraíso.
P2 – Podemos entrar?
-A – Quem são vocês?
P 1 – Somos policiais .
A – E foram honestos?
P1 – Eu sim... sempre lutei pela justiça.
A – Mas você não... Aqui nós sabemos de tudo. Algumas propinas aqui...
Algumas balas perdidas ali... Sua barca é aquela.
P 2 – Fazer o quê!!
D – Venha... esta é sua barca... entre!
6 – ALUNO 1
D- Vá buscar mais um...
Al. – Para onde vai esta barca?
D – Para o Inferno!!!
Al. – De jeito nenhum... tem outra barca ali...
D- Venha, entre... esta é maior.... mais bonita!
Al. – Sai, Capeta!!! (dirige-se ao Anjo)
A – Quem é você?
Al – Sou um aluno.
A – E foi bom aluno?
Al. Sim.
A – Então entre, seja bem vindo!!!
7 - Aluno 2
- D – Vá buscar mais um!!
Al 2 – Para onde vai esta barca...
D – Mostra a placa. (irritado)
Al 2 – Má idéia... Há outra ali...
Não gostei muito desta... cheira mal...
D – Fique à vontade!!! (irônico)
Al2 – para o Anjo
Para onde vai esta barca?
A – Quem é você?
Al 2 – Uma aluna...
A – Mas soube que você colava nas provas... cabulava aula, xingava professores.
Al2 – Só alguns chatos...
A – De jeito nenhum você pode entrar aqui.
Vai aquela é sua barca...
Al2 – Fazer o quê...
D – Seja bem vinda!!! (diz o diabo)
8 . TORCEDORES
D – Vá buscar aqueles ali com camisa de time.
Torc 1 - Para onde vai esta barca?
D - Soletra a palavra I N F E R N O.
T2 – Comenta que houve uma briga entre as torcidas no campo e eles entraram no meio.
T1 – Acho que sobrou pra nós...
T2 Não quero ir para o inferno. Olha, tem um anjo ali. (dirigem-se para lá)
T1 Para onde vai esta barca? Podemos entrar?
A – Quem são vocês?
T 1 - Somos torcedores...
A – De jeito nenhum... vocês ficam se ofendendo e se matando por qualquer coisa.
Quantos torcedores já morreram por causa disso.
T2 – Mas é pelo nosso time.
A- Não... vão para aquela barca!
D – Entrem, entrem... Vão torcer pelo meu time agora... Fogo Eterno FC.. (e ri)
9– MADONA .
d- - Minha deusa!!! Madona!!!Vá lá buscar...
M - Para onde vai esta barca?
D – Primeiro, um autógrafo!!!
M – E então, para onde vai esta barca?
O diabo mostra no verso da placa escrita em inglês )
( hell)
M – De jeito nenhum...
D – Tente aquela ali!
M – (para o Anjo) Para onde vai esta barca?
A – Quem é você?
M- Sou a Madona! Sou uma artista famosa.
A – Sei quem você é, mas apesar de você ter adotado crianças em países pobres, sua irreverência contra a Igreja não deixa você entrar aqui.
M – MAS O Diabo me mandou para cá!
A – Espere um momento...
(conversam anjo e diabo) decidem mandá-la para a Terra. Ela é boa e má ao mesmo tempo. Receberá outra chance.
M – Obrigada... não se arrependerão...
(para o público)
Aliás nenhuma das duas barcas me interessava mesmo!
10 - PUNKEIRA
D – Busque aquela ali..
P - Para onde vai esta barca?
D (troca o lado da placa)
P – De jeito nenhum ! ( vai dançando para o anjo)
P -Para onde vai esta barca?
A – Quem é você?
P – Sou uma punkeira...
A – Aqui não. Você só pensa em dançar... não se preocupa com a família... e sua dança é muito maliciosa.
P – Não tem jeito então?
Fazer o quê! ( e vai dançando para a outra barca)
11 – PERUAS
D – Quantas tem ali? Vai lá buscar!!!
Peruas – (se pintando) Para onde vai esta barca?
D – Entrem, seus lugares estão reservados...
Peruas – Quem é você?
D – Adivinha!!!
peruas – Não queremos entrar aí...
D - Tente aquela ali...
Peruas ( para o anjo) Para onde vai esta barca?
A - Quem são vocês?
Peruas – Somos mulheres da alta sociedade...
A – Aqui não entra quem não se preocupa com os outros e só pensa em si mesmo. Sua barca é aquela ali.
Peruas... – Com aquele cara esquisito ali!!! Não gostei da maquiagem dele... muito esnobe!!
A – Assim como vocês... pode entrar
Peruas... – Fazer o quê!!! Não empurra, seu grosso!!!
12 – BELLA .
D – Busque aquelas lá.... minha barca já está quase cheia...
Bella - Para onde vai esta barca?
D – Uma vampira!!! ( protege-se com a capa)
Bella (vê a outra barca e vai)
B - Para onde vai esta barca?
A – Quem é você?
B – Sou uma vampira... fui seduzida por um vampiro...
A – Aqui não entrem vampiros... que se alimentam do sangue alheio.
B – Não devia ter me apaixonado... logo por um vampiro...
A – Vai, aquela é sua barca...
D – Entra ... rápido.... (protegendo-se com a capa)
13 – TERRORISTA (atuou contra o World Trade Center)
D – Vai, tem mais gente lá!!!
T – Para onde vai esta barca?
D – Entre, estou com pressa...
T – E para onde vai?
D – mostra a placa
T – Você é minha!!!
T – Mas morri pela religião...
D – E matou quantos mesmo?
T Quase 3.000!
D – Então... e ainda não quer entrar...
T Há outra ali... (dirige-se para lá)
A Quem é você?
T – Sou uma fanática religiosa... Lutei contra o imperialismo americano.
A – Mas matou muitos inocentes por causa disso.
Deus não quer que ninguém mate em nome dele. Sua barca é aquela.
T – Fazer o quê...
D – Entre, rápido!!!
13 –RELIGIOSAS e companheiras missionárias
d- Busque aquelas e limpe aquele banco de vez!!!
R - B - Para onde vai esta barca?
D – Quem são vocês?
R – Meu nome é irmã Dorothy. Estas são freiras que me ajudavam.
D- Tua barca é aquela....
R - B - Para onde vai esta barca?
A – Quem é você?
R – irmã Dorothy. Lutava contra injustiças na Amazônia. E minha arma sempre foi a Bíblia.
A – Vocês são bem vindas... Quem morre por Deus merece a paz Eterna! Entrem.
Final - Diabo... Não há mais ninguém ali.... vamos....
Espera.... há mais lugares aqui.... esperem!!( e busca 2 ou 3 da platéia!!!)
Vamos agora!!!
Anjo.... Espera....também quero levar alguns...
(e pega dois ou três da platéia... de preferência professores ou funcionários, se tiver)
D – Não é época de eleição naquele país corrupto chamado Brasil?
Então no ano que vem haverá novos corruptos para levar...Vamos... todos ... à barca.... para a barca.... .
Saem, primeiro o Anjo.
FIM. por Professora Arlete Marques de Oliveira - personagens criados a partir de sugestão dos alunos.
VOCÊ DECIDE
VOCÊ DECIDE - TRABALHO COM GRUPOS, NA SALA DE AULA.
O GRUPO REPRESENTA A CENA, JOGA A DECISÃO PARA A SALA QUE DECIDE UM DOS DOIS FINAIS, A OU B, E O GRUPO VOLTA PARA REPRESENTÁ-LO.
1.ENCONTRAR-SE OU NÃO COM ALGUÉM QUE CONHECEU PELA INTERNET?
Nº de participantes: uma adolescente, uns 4 amigos, o pretendente (6 pessoas) ou menos. (até 4)
Uma adolescente conhece um rapaz pela Internet e depois de dois meses de conversa ele quer conhecê-la..
Ela tem dúvidas e pede que as(os) colegas a aconselhem. Pergunta aos amigos(as).
Alguns colegas apoiam, mas aconselham que deve ter os primeiros encontros num lugar movimentado, como um shopping, por exemplo para não correr perigo. Outros colegas acham que é muito perigoso, não deve se arriscar.Neste mundo há muitas pessoas perigosas, pode-se correr até risco de vida. Ela então pergunta para a platéia. “O que vocês fariam? Iriam ou não ao encontro?
FINAL A – Ela vai ao encontro num local público e não vai sozinha.
Após conversarem, decidem ter amizade ainda por um tempo até decidirem se
ficarão juntos.
FINAL B- Ela decide não ir, senta-se em frente ao computador e pede mais um
tempo até se conhecerem melhor. Ou simplesmente dá uma desculpa (que não irá ao encontro pois precisará viajar por algum tempo e, na volta, eles conversam e decidem).
2. CRIAR UM FILHO APÓS GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA OU NÃO?
Nº de participantes: um casal, 2 a 4 amigos, o pai, a mãe dele e dela. (6 a 10 integrantes)
A menina de 15 anos está grávida, o pai também é menor de idade e o casal não têm condições de criar o filho. A família da mãe quer que não fiquem juntos. Cada um deve ficar na sua casa e continuar estudando. Assim a mãe dela ajuda a criar o filho.
A família dele quer que eles vão morar juntos no numa casinha no fundo do terreno deles.
Eles apoiam, dão moradia, mas querem que deixem os estudos e vão trabalhar. Ela pede que pessoas amigas deem sua opinião.
Uns acham que ela deve se casar e, depois, quando tiverem condições de pagar alguém para olhar o filho, voltam e fazem uma Suplência- EJA, à noite.
Outros acham que eles não precisam ter pressa de ficar juntos. Podem muito bem
esperar terminar o curso. Eles então perguntam para a platéia: “O QUE VOCÊS FARIAM?
Vocês continuariam estudando e morariam separados ou assumiriam o relacionamento já?”
FINAL A – Eles não se casam. Ele vai até a casa dela e leva um dinheiro para ajudar nas despesas, os dois pegam o material escolar e vão para a escola, deixando o bebê com a mãe dela.
FINAL B – Eles se casam. Ele sai para trabalhar num “bico” de entregar pizza e se despede, na porta da casa deles. Ela fica cuidando do bebê .
3. NAMORAR ALGUÉM QUE PROMETE SAIR DO VÍCIO OU NÃO?
Componetes: um casal, dois ou 4 amigos. Total 4 a 6 pessoas
Numa roda de amigos, ela diz que conheceu alguém que está usando drogas. Só
descobriu depois que estava apaixonada. Teve uma conversa com ele que disse
que sairá das drogas. Um ou dois amigos(as) pedem que não dê uma chance. Pois quem entra no vício de drogas, não consegue sair.
Outro(a)ou outros(as) dizem que deveria tentar, se ele não cumprir a promessa, ela sai do relacionamento.
Ela fica em dúvida e pergunta para a platéia: O que vocês acham? Vocês dariam a ele uma chance ou não? Vocês decidem!
Final A – Ela fica com ele. Ele fica um tempo sem as drogas, mas quando
percebe que não está conseguindo, diz que vai se internar por 6 meses em
clínica de recuperação e pede que ela espere. Ela aceita.
FINAL B – Ela não aceita. Pede que ele faça primeiro um tratamento para
recuperação e depois eles podem tentar um relacionamento. Ele diz que vai
pensar, mas que gostaria que ela continuasse sua amiga. Ela aceita e se despedem.
4. EMPRESTA DINHEIRO OU NÃO?
componentes: 2 amigos(as), outros dois ou quatro amigos(as). (4 a 6 pessoas)
Um amigo(a) estourou o cartão de crédito em mil reais e não sabe o que fazer. Os juros são muito altos. Sabe que você tem dinheiro guardado para comprar uma tevê nova e pede-lhe emprestado dizendo que pagará no fim do mês, sem falta.
Um amigo diz que “é fria”. Não deve emprestar, pois depois ele (a) poderá não conseguir pagar.Outro(a) amigo(a) diz que, se você é realmente amigo(a), deve emprestar, pois ela está precisando. Você fica na dúvida e pergunta para a plateia: O que vocês acham? Vocês decidem... empresto ou não o dinheiro?
FINAL A- Empresta o dinheiro pedindo que a pessoa devolva em um mês. A pessoa diz que aceita e agradece. Mas, no fim do mês, só consegue devolver metade, quinhentos reais, e pede que tenha paciência que a outra parcela ela paga no fim do outro mês e pede desculpas. Você fica chateado(a),mas aceita, pis não há o que fazer.
FINAL B:Não empresta. Pede que a pessoa vá até um banco e assuma um
empréstimo, como muitos fazem. E diz que precisa daquele dinheiro para dar entrada numa
tevê (Ou outra coisa). Pede desculpas. A pessoa sai, chateada, mas diz que vai seguir o conselho e ir a um banco.
5. PROBLEMAS DE SAÚDE DO PAI (OU MÃE)
componetes: um casal, 2 ou 4 filhos. Total: 4 a 6 alunos
O pai (ou mãe) está desempregado(a) há alguns anos, pois já não tem muita saúde para
trabalhar. Os filhos é que sustentam a casa. Ele recebe então uma oferta de emprego para trabalhar à noite, como segurança(ou se for ela, Garçonete). Os filhos acham que pode piorar a saúde dele(a), mas ele (a) não quer mais ser sustentado(a) pelos filhos.
Os filhos se reúnem e ficam em dúvida... se aceitam ou não que ele(a) trabalhe.Perguntam para a platéia. “O que vocês acham, vocês decidem!”:
FINAL A Deve trabalhar -Os filhos reunidos acham que o pai ou mãe deve trabalhar, para sua
dignidade e só pede que ele(a), agora que vai ter convênio médico, trate-se para
melhorar a saúde.
Final B Não deve trabalhar.Os filhos pedem que o pai ou mãe continue procurando emprego, pois ele tem condições de encontrar um emprego melhor. Ele(a), chateado(a), liga para empresa e desiste do emprego. Mas acha que eles têm razão, pois sua saúde está mesmo frágil e não agüentaria esse trabalho.
6. DIZ A VERDADE OU NÃO?
Componentes: 2 amigos e os pais de um deles.(4 pessoas)
Um amigo (a) descobre que o(a) melhor amigo(a) é um filho adotivo, através de uma
conversa com seus pais que sabiam da história também guardaram segredo, pois eram vizinhos do casal que pediu para não comentarem, já que a criança não iria saber dessa verdade.
Um dia, numa conversa, o outro amigo(a) diz que está desconfiado de não ser filho legítimo pois sua fisionomia é muito diferente da dos pais. E diz que, se soubesse, não teria raiva e ainda os amaria, só que gostaria de saber quem são os pais verdadeiros. Sai de cena e o amigo(a) pergunta para a platéia: “O que vocês acham? Devo contar ou a verdade?”
Vocês decidem!
FINAL A- Ele(a) conta. O amigo fica surpreso e diz que conversará com os
pais adotivos e vai querer mais detalhes sobre isso. Diz que já imaginava e
agradece, mas sai cabisbaixo.
FINAL B. Ele (a) não conta. Pede ao amigo para perguntar para os pais, dizer a eles que
está desconfiado ou fazer um teste de DNA. Ele aceita a sugestão. Os dois se despedem e saem.
7. ADOÇÃO:
componentes: um casal, uma juíza (3 alunos)
Um casal quer adotar uma criança que seja do sexo masculino, não importa a
etnia (cor da pele), mas que tenha apenas meses de vida. Depois de 3 anos sem conseguir,
aparece uma criança que já tem 5 anos, mas que tem a fisionomia parecida com a deles. Mas a criança está muito doente, precisará de muitos cuidados médicos e dos pais adotivos. Se não for adotado, pode até morrer. Perguntam a eles se não poderiam adotar e, caso não queiram, tentarão outros casais que também querem bebês, pode ser que um deles adote, mas eles são o primeiro casal a quem perguntam. Um dos dois vira-se para a platéia e pergunta: Vocês decidem: Vocês aceitariam ficar com essa criança?
FINAL A. Eles aceitam e adotam a criança. Na cena eles estão no hospital. Vem uma enfermeira e diz que a criança já melhorou bastante, graças ao carinho do casal também, e eles dizem a ela que estão apaixonados pela criança também. Que Deus escreve certo por linhas tortas e que essa criança trouxe muita felicidade para suas vidas.
FINAL B – Eles não adotam. Explicam que gostariam mesmo de ter a experiência de ter um bebê. Dizem que têm certeza que essa criança encontrará um novo lar. Preferem esperar. A Juíza fica chateada, mas acham que é melhor serem sinceros. E sai.
8. VAI MORAR SOZINHO OU NÃO?
componentes: o filho, um amigo, seus pais
Ele(a) trabalha longe de casa, precisa ficar no trânsito por 1h30min. Um
amigo(a) pergunta a ele(a) se não quer alugar um imóvel e dividir o aluguel próximo do serviço.Pergunta então a seus pais que o aconselham a não fazer isso, pois sentiriam muita
falta dele(a) e que poderia pegar esse dinheiro e guardar numa poupança para comprar um imóvel mais para frente. Pergunta então aos amigos, uns acham que ele deve ir, pois está na hora de ter sua independência e ficaria menos cansativo ir para o trabalho. Outros dizem que não, seus pais estão com razão, não custaria esperar mais
um pouco e comprar seu próprio imóvel Ele fica em dúvida e pergunta para a platéia O que vocês fariam, vocês iriam morar com o colega ou esperaria mais um pouco até ter condições de comprar um imóvel? Vocês decidem:
FINAL A:Ele(a) aceita o convite: Ele aluga um apartamento com um colega, chega aos pais e comunica sua decisão, pede que eles entendam e que todo fim de semana virá para ficar com eles. Os pais ficam chateados mas aceitam.
FINAL B: Ele(a) não aceita o convite, mostra à mãe uma poupança que fez com o dinheiro que pagaria o primeiro aluguel. A mãe fica feliz e diz que fará um almoço
especial pra ele com a comida que ele mais gosta.
9. INFERTILIDADE
COMPONENTES: um casal, 3 ou 4 amigos (4 a 6 pessoas)
Ele(a) já namoram a bastante tempo. Resolvem se casar e ele(ou ela) revela ao parceiro(a)que não pode ter filhos e que omitiu o fato por amá-lo(a) muito, diz que se ele(a)
quiser, eles adotam uma criança. Ee(a)a fica indeciso(a). Então pergunta a amigos (as) o que deve fazer. Uns acham que deve casar, o amor que eles têm um pelo outro mais importante. Outros acham que não, pois ele (a) omitiu um fato muito sério, afinal eles sempre faziam planos de ter filhos e que não é uma pessoa de confiança. Ele(a) então pergunta para a platéia: “O que vocês fariam? Vocês decidem!
FINAL A- Casa.Eles se encontram, ele(a) aceita, casam-se e ligam para uma Instituição de Adoção, inscrevendo-se para uma entrevista.
FINAL B – Não casa. Eles se encontra e ele(a) diz a que não se casa, que não confia mais nela(e) e pede um tempo para pensar. Ele (a) aceita e diz que vai esperar a decisão.
10.PRÊMIO DA TELESENA
Componentes: 2 irmãos, 2 ou 4 colegas (4 a 6 alunos)
Ele(a) ganha R$ 50.000 num sorteio da Telesena. Quer comprar uma casa, pois vive de aluguel. O irmão pede que o ajude com metade desse dinheiro, pois está muito endividado com os negócios, sua lanchonete. Precisa pagar muitas dívidas.Está falindo e, além disso, teve o carro, sem seguro, roubado.
Ele pensa, pois gostaria de sair dessas prestações de aluguel para comprar uma casa, mas fica com pena do irmão. Se ajudar o irmão, não consegue comprar a casa, pois vai desinteirar o dinheiro. Pergunta para 2 ou 4 amigos , 2 acham que ele deve ajudar, 2 dizem que não, pois ele tem compromisso com o dinheiro já. Pergunta então para a platéia: “O que vocês fariam? Emprestariam ou não o dinheiro para ajudar o irmão?
FINAL A – Não empresta. Aparece dando ao irmão apenas 5 mil reais e compra sua casa com os outros 45 mil que sobraram.
FINAL B – Empresta os 25 mil e o irmão fica feliz da vida. Ele diz que dará uma entrada numa casa com os outros 25 mil e pede que o irmão pague por mês uma quantia para ele poder pagar a prestação. O irmão agradece, diz que vai sair das dívidas e poderá ajudá-lo, com certeza.
11. SERVIÇOS PESADOS NO LAR:
componentes: a mulher e mais uns 3 ou 4 amigos. (4 ou 5 alunos)
Ela é casada e faz serviços considerados masculinos, pois o marido viaja
muito. Uns colegas vão até sua casa para convidá-la pra ir ao cinema e ela
está fazendo um desses serviços: trocando lâmpada, pintando a casa, trocando
chuveiro. Eles (as) acham o cúmulo e pedem que ela pare com aquilo, pois isso é serviço para homem fazer. Ela explica que não liga e que já se acostumou. Eles acham que ela deveria pagar alguém para fazer aquele serviço.
Ela fica em dúvida e pergunta para a platéia. “O que vocês fariam? Deixariam o serviço para quando o marido chegasse e fizesse ou continuariam e terminariam o trabalho?
Final A - Continua o trabalho.Ela continua e ainda chama os amigos para ajudá-la. Eles deixam o cinema para outro dia e ajudam. Depois de umas 3 horas, assim que conseguem terminar a pintura da casa e outros serviços, convidam-na para jantar fora.
FINAL B Ela para com tudo, acha que eles têm razão e lembra-se que tem seguro da Porto Seguro. Liga para a Porto Seguro (333 PORTO). E pede a eles que venham no dia seguinte fazer o serviço. Então se arruma e vai ao cinema.
MODELO DE VOTO A SER IMPRESSO PARA DECISÃO DA SALA SOBRE QUAL FINAL VOLTAR E ENCENAR: XEROCAR UNS 40 VOTOS POR SALA DE AULA PARTICIPANTE... O GRUPO QUE ENCENA TAMBÉM VOTA.
VOCÊ DECIDE: CIRCULE:
ALTERNATIVA( lousa)
A ou B
O GRUPO REPRESENTA A CENA, JOGA A DECISÃO PARA A SALA QUE DECIDE UM DOS DOIS FINAIS, A OU B, E O GRUPO VOLTA PARA REPRESENTÁ-LO.
1.ENCONTRAR-SE OU NÃO COM ALGUÉM QUE CONHECEU PELA INTERNET?
Nº de participantes: uma adolescente, uns 4 amigos, o pretendente (6 pessoas) ou menos. (até 4)
Uma adolescente conhece um rapaz pela Internet e depois de dois meses de conversa ele quer conhecê-la..
Ela tem dúvidas e pede que as(os) colegas a aconselhem. Pergunta aos amigos(as).
Alguns colegas apoiam, mas aconselham que deve ter os primeiros encontros num lugar movimentado, como um shopping, por exemplo para não correr perigo. Outros colegas acham que é muito perigoso, não deve se arriscar.Neste mundo há muitas pessoas perigosas, pode-se correr até risco de vida. Ela então pergunta para a platéia. “O que vocês fariam? Iriam ou não ao encontro?
FINAL A – Ela vai ao encontro num local público e não vai sozinha.
Após conversarem, decidem ter amizade ainda por um tempo até decidirem se
ficarão juntos.
FINAL B- Ela decide não ir, senta-se em frente ao computador e pede mais um
tempo até se conhecerem melhor. Ou simplesmente dá uma desculpa (que não irá ao encontro pois precisará viajar por algum tempo e, na volta, eles conversam e decidem).
2. CRIAR UM FILHO APÓS GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA OU NÃO?
Nº de participantes: um casal, 2 a 4 amigos, o pai, a mãe dele e dela. (6 a 10 integrantes)
A menina de 15 anos está grávida, o pai também é menor de idade e o casal não têm condições de criar o filho. A família da mãe quer que não fiquem juntos. Cada um deve ficar na sua casa e continuar estudando. Assim a mãe dela ajuda a criar o filho.
A família dele quer que eles vão morar juntos no numa casinha no fundo do terreno deles.
Eles apoiam, dão moradia, mas querem que deixem os estudos e vão trabalhar. Ela pede que pessoas amigas deem sua opinião.
Uns acham que ela deve se casar e, depois, quando tiverem condições de pagar alguém para olhar o filho, voltam e fazem uma Suplência- EJA, à noite.
Outros acham que eles não precisam ter pressa de ficar juntos. Podem muito bem
esperar terminar o curso. Eles então perguntam para a platéia: “O QUE VOCÊS FARIAM?
Vocês continuariam estudando e morariam separados ou assumiriam o relacionamento já?”
FINAL A – Eles não se casam. Ele vai até a casa dela e leva um dinheiro para ajudar nas despesas, os dois pegam o material escolar e vão para a escola, deixando o bebê com a mãe dela.
FINAL B – Eles se casam. Ele sai para trabalhar num “bico” de entregar pizza e se despede, na porta da casa deles. Ela fica cuidando do bebê .
3. NAMORAR ALGUÉM QUE PROMETE SAIR DO VÍCIO OU NÃO?
Componetes: um casal, dois ou 4 amigos. Total 4 a 6 pessoas
Numa roda de amigos, ela diz que conheceu alguém que está usando drogas. Só
descobriu depois que estava apaixonada. Teve uma conversa com ele que disse
que sairá das drogas. Um ou dois amigos(as) pedem que não dê uma chance. Pois quem entra no vício de drogas, não consegue sair.
Outro(a)ou outros(as) dizem que deveria tentar, se ele não cumprir a promessa, ela sai do relacionamento.
Ela fica em dúvida e pergunta para a platéia: O que vocês acham? Vocês dariam a ele uma chance ou não? Vocês decidem!
Final A – Ela fica com ele. Ele fica um tempo sem as drogas, mas quando
percebe que não está conseguindo, diz que vai se internar por 6 meses em
clínica de recuperação e pede que ela espere. Ela aceita.
FINAL B – Ela não aceita. Pede que ele faça primeiro um tratamento para
recuperação e depois eles podem tentar um relacionamento. Ele diz que vai
pensar, mas que gostaria que ela continuasse sua amiga. Ela aceita e se despedem.
4. EMPRESTA DINHEIRO OU NÃO?
componentes: 2 amigos(as), outros dois ou quatro amigos(as). (4 a 6 pessoas)
Um amigo(a) estourou o cartão de crédito em mil reais e não sabe o que fazer. Os juros são muito altos. Sabe que você tem dinheiro guardado para comprar uma tevê nova e pede-lhe emprestado dizendo que pagará no fim do mês, sem falta.
Um amigo diz que “é fria”. Não deve emprestar, pois depois ele (a) poderá não conseguir pagar.Outro(a) amigo(a) diz que, se você é realmente amigo(a), deve emprestar, pois ela está precisando. Você fica na dúvida e pergunta para a plateia: O que vocês acham? Vocês decidem... empresto ou não o dinheiro?
FINAL A- Empresta o dinheiro pedindo que a pessoa devolva em um mês. A pessoa diz que aceita e agradece. Mas, no fim do mês, só consegue devolver metade, quinhentos reais, e pede que tenha paciência que a outra parcela ela paga no fim do outro mês e pede desculpas. Você fica chateado(a),mas aceita, pis não há o que fazer.
FINAL B:Não empresta. Pede que a pessoa vá até um banco e assuma um
empréstimo, como muitos fazem. E diz que precisa daquele dinheiro para dar entrada numa
tevê (Ou outra coisa). Pede desculpas. A pessoa sai, chateada, mas diz que vai seguir o conselho e ir a um banco.
5. PROBLEMAS DE SAÚDE DO PAI (OU MÃE)
componetes: um casal, 2 ou 4 filhos. Total: 4 a 6 alunos
O pai (ou mãe) está desempregado(a) há alguns anos, pois já não tem muita saúde para
trabalhar. Os filhos é que sustentam a casa. Ele recebe então uma oferta de emprego para trabalhar à noite, como segurança(ou se for ela, Garçonete). Os filhos acham que pode piorar a saúde dele(a), mas ele (a) não quer mais ser sustentado(a) pelos filhos.
Os filhos se reúnem e ficam em dúvida... se aceitam ou não que ele(a) trabalhe.Perguntam para a platéia. “O que vocês acham, vocês decidem!”:
FINAL A Deve trabalhar -Os filhos reunidos acham que o pai ou mãe deve trabalhar, para sua
dignidade e só pede que ele(a), agora que vai ter convênio médico, trate-se para
melhorar a saúde.
Final B Não deve trabalhar.Os filhos pedem que o pai ou mãe continue procurando emprego, pois ele tem condições de encontrar um emprego melhor. Ele(a), chateado(a), liga para empresa e desiste do emprego. Mas acha que eles têm razão, pois sua saúde está mesmo frágil e não agüentaria esse trabalho.
6. DIZ A VERDADE OU NÃO?
Componentes: 2 amigos e os pais de um deles.(4 pessoas)
Um amigo (a) descobre que o(a) melhor amigo(a) é um filho adotivo, através de uma
conversa com seus pais que sabiam da história também guardaram segredo, pois eram vizinhos do casal que pediu para não comentarem, já que a criança não iria saber dessa verdade.
Um dia, numa conversa, o outro amigo(a) diz que está desconfiado de não ser filho legítimo pois sua fisionomia é muito diferente da dos pais. E diz que, se soubesse, não teria raiva e ainda os amaria, só que gostaria de saber quem são os pais verdadeiros. Sai de cena e o amigo(a) pergunta para a platéia: “O que vocês acham? Devo contar ou a verdade?”
Vocês decidem!
FINAL A- Ele(a) conta. O amigo fica surpreso e diz que conversará com os
pais adotivos e vai querer mais detalhes sobre isso. Diz que já imaginava e
agradece, mas sai cabisbaixo.
FINAL B. Ele (a) não conta. Pede ao amigo para perguntar para os pais, dizer a eles que
está desconfiado ou fazer um teste de DNA. Ele aceita a sugestão. Os dois se despedem e saem.
7. ADOÇÃO:
componentes: um casal, uma juíza (3 alunos)
Um casal quer adotar uma criança que seja do sexo masculino, não importa a
etnia (cor da pele), mas que tenha apenas meses de vida. Depois de 3 anos sem conseguir,
aparece uma criança que já tem 5 anos, mas que tem a fisionomia parecida com a deles. Mas a criança está muito doente, precisará de muitos cuidados médicos e dos pais adotivos. Se não for adotado, pode até morrer. Perguntam a eles se não poderiam adotar e, caso não queiram, tentarão outros casais que também querem bebês, pode ser que um deles adote, mas eles são o primeiro casal a quem perguntam. Um dos dois vira-se para a platéia e pergunta: Vocês decidem: Vocês aceitariam ficar com essa criança?
FINAL A. Eles aceitam e adotam a criança. Na cena eles estão no hospital. Vem uma enfermeira e diz que a criança já melhorou bastante, graças ao carinho do casal também, e eles dizem a ela que estão apaixonados pela criança também. Que Deus escreve certo por linhas tortas e que essa criança trouxe muita felicidade para suas vidas.
FINAL B – Eles não adotam. Explicam que gostariam mesmo de ter a experiência de ter um bebê. Dizem que têm certeza que essa criança encontrará um novo lar. Preferem esperar. A Juíza fica chateada, mas acham que é melhor serem sinceros. E sai.
8. VAI MORAR SOZINHO OU NÃO?
componentes: o filho, um amigo, seus pais
Ele(a) trabalha longe de casa, precisa ficar no trânsito por 1h30min. Um
amigo(a) pergunta a ele(a) se não quer alugar um imóvel e dividir o aluguel próximo do serviço.Pergunta então a seus pais que o aconselham a não fazer isso, pois sentiriam muita
falta dele(a) e que poderia pegar esse dinheiro e guardar numa poupança para comprar um imóvel mais para frente. Pergunta então aos amigos, uns acham que ele deve ir, pois está na hora de ter sua independência e ficaria menos cansativo ir para o trabalho. Outros dizem que não, seus pais estão com razão, não custaria esperar mais
um pouco e comprar seu próprio imóvel Ele fica em dúvida e pergunta para a platéia O que vocês fariam, vocês iriam morar com o colega ou esperaria mais um pouco até ter condições de comprar um imóvel? Vocês decidem:
FINAL A:Ele(a) aceita o convite: Ele aluga um apartamento com um colega, chega aos pais e comunica sua decisão, pede que eles entendam e que todo fim de semana virá para ficar com eles. Os pais ficam chateados mas aceitam.
FINAL B: Ele(a) não aceita o convite, mostra à mãe uma poupança que fez com o dinheiro que pagaria o primeiro aluguel. A mãe fica feliz e diz que fará um almoço
especial pra ele com a comida que ele mais gosta.
9. INFERTILIDADE
COMPONENTES: um casal, 3 ou 4 amigos (4 a 6 pessoas)
Ele(a) já namoram a bastante tempo. Resolvem se casar e ele(ou ela) revela ao parceiro(a)que não pode ter filhos e que omitiu o fato por amá-lo(a) muito, diz que se ele(a)
quiser, eles adotam uma criança. Ee(a)a fica indeciso(a). Então pergunta a amigos (as) o que deve fazer. Uns acham que deve casar, o amor que eles têm um pelo outro mais importante. Outros acham que não, pois ele (a) omitiu um fato muito sério, afinal eles sempre faziam planos de ter filhos e que não é uma pessoa de confiança. Ele(a) então pergunta para a platéia: “O que vocês fariam? Vocês decidem!
FINAL A- Casa.Eles se encontram, ele(a) aceita, casam-se e ligam para uma Instituição de Adoção, inscrevendo-se para uma entrevista.
FINAL B – Não casa. Eles se encontra e ele(a) diz a que não se casa, que não confia mais nela(e) e pede um tempo para pensar. Ele (a) aceita e diz que vai esperar a decisão.
10.PRÊMIO DA TELESENA
Componentes: 2 irmãos, 2 ou 4 colegas (4 a 6 alunos)
Ele(a) ganha R$ 50.000 num sorteio da Telesena. Quer comprar uma casa, pois vive de aluguel. O irmão pede que o ajude com metade desse dinheiro, pois está muito endividado com os negócios, sua lanchonete. Precisa pagar muitas dívidas.Está falindo e, além disso, teve o carro, sem seguro, roubado.
Ele pensa, pois gostaria de sair dessas prestações de aluguel para comprar uma casa, mas fica com pena do irmão. Se ajudar o irmão, não consegue comprar a casa, pois vai desinteirar o dinheiro. Pergunta para 2 ou 4 amigos , 2 acham que ele deve ajudar, 2 dizem que não, pois ele tem compromisso com o dinheiro já. Pergunta então para a platéia: “O que vocês fariam? Emprestariam ou não o dinheiro para ajudar o irmão?
FINAL A – Não empresta. Aparece dando ao irmão apenas 5 mil reais e compra sua casa com os outros 45 mil que sobraram.
FINAL B – Empresta os 25 mil e o irmão fica feliz da vida. Ele diz que dará uma entrada numa casa com os outros 25 mil e pede que o irmão pague por mês uma quantia para ele poder pagar a prestação. O irmão agradece, diz que vai sair das dívidas e poderá ajudá-lo, com certeza.
11. SERVIÇOS PESADOS NO LAR:
componentes: a mulher e mais uns 3 ou 4 amigos. (4 ou 5 alunos)
Ela é casada e faz serviços considerados masculinos, pois o marido viaja
muito. Uns colegas vão até sua casa para convidá-la pra ir ao cinema e ela
está fazendo um desses serviços: trocando lâmpada, pintando a casa, trocando
chuveiro. Eles (as) acham o cúmulo e pedem que ela pare com aquilo, pois isso é serviço para homem fazer. Ela explica que não liga e que já se acostumou. Eles acham que ela deveria pagar alguém para fazer aquele serviço.
Ela fica em dúvida e pergunta para a platéia. “O que vocês fariam? Deixariam o serviço para quando o marido chegasse e fizesse ou continuariam e terminariam o trabalho?
Final A - Continua o trabalho.Ela continua e ainda chama os amigos para ajudá-la. Eles deixam o cinema para outro dia e ajudam. Depois de umas 3 horas, assim que conseguem terminar a pintura da casa e outros serviços, convidam-na para jantar fora.
FINAL B Ela para com tudo, acha que eles têm razão e lembra-se que tem seguro da Porto Seguro. Liga para a Porto Seguro (333 PORTO). E pede a eles que venham no dia seguinte fazer o serviço. Então se arruma e vai ao cinema.
MODELO DE VOTO A SER IMPRESSO PARA DECISÃO DA SALA SOBRE QUAL FINAL VOLTAR E ENCENAR: XEROCAR UNS 40 VOTOS POR SALA DE AULA PARTICIPANTE... O GRUPO QUE ENCENA TAMBÉM VOTA.
VOCÊ DECIDE: CIRCULE:
ALTERNATIVA( lousa)
A ou B
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